segunda-feira, novembro 23, 2009

Julgamento de 11 manifestantes

Farsa de julgamento a 07 de Dez. para 11 presos as aderentes a manifestação Anti Fascista e Anti Capitalista no dia 25 de Abril de 2007

para quem não teve conhecimento do sucedido:





Podem ler o texto, clicando em "Comments" já abaixo...

4 Comments:

Blogger Billy said...

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Farsa de julgamento a 07 de Dez. para 11 presos as aderentes a manifestação Anti Fascista e Anti Capitalista no dia 25 de Abril de 2007



Este texto pretende relembrar a carga policial que aconteceu na
manifestação Anti Fascista e Anti Capitalista no dia 25 de Abril de 2007 e
apelar à solidariedade contra a farsa judicial montada em torno das onze
pessoas que vão a julgamento dia 7 de Dezembro

No dia 25 de Abril de 2007 decorreu uma manifestação Antiautoritária
contra o Fascismo e o Capitalismo em Lisboa que reuniu aproximadamente 500
pessoas. Tendo iniciado na Praça da Figueira em ambiente contestatário,
mas festivo e sem incidentes, várias pessoas aderiram à manifestação ao
longo do percurso Rossio, Rua do Carmo, Rua Garrett até ao Largo de
Camões.

Após um breve período em que a manifestação permaneceu no largo Camões,
esta continuou espontaneamente pela Rua Garrett em direcção ao Rossio. A
presença constante da polícia durante a trajectória fez com que o clima
entre as partes fosse de tensão. A meio da Rua do Carmo, duas hordas de
elementos do corpo de intervenção da PSP e polícias à paisana encurralaram
os manifestantes na rua fechando as saídas e, sem qualquer ordem ou aviso
de dispersão, começaram a agredir brutal e indiscriminadamente
manifestantes, transeuntes e até mesmo turistas.

A polícia não tentou dispersar ninguém, pelo contrário, quis bater,
espancar e atacar os manifestantes. Pessoas que caíram no chão indefesas
foram ainda agredidas por vários polícias à bastonada e ao pontapé. Houve
perseguições por parte da polícia, levadas a cabo de forma bastante
agressiva, no local onde decorria a manifestação e por toda a Baixa de
Lisboa. Foram detidas onze pessoas e foi impossível contabilizar todos os
feridos entre manifestantes e pessoas alheias ao protesto. Aos
manifestantes juntaram-se, no fundo da rua do Carmo, vários transeuntes e
lojistas contra a brutalidade policial.

Com o apoio dos media, as forças policiais criminalizaram o protesto,
procurando encontrar legitimidade para a sua acção repressiva que é um
tipo de conduta permanente por parte do Estado, como podem comprovar, a
título de exemplo, os habitantes de bairros sociais. Assim sendo, a
detenção dos onze manifestantes surge como modo de justificar mais uma
carga policial.

Para além da detenção, estes manifestantes ficaram ainda sujeitos à medida
de termo de identidade e residência, tendo sido acusados de agressão,
injúria agravada e desobediência civil, acusações estas que, na verdade,
caracterizam a actuação policial. Querem convencer-nos que o mundo é o
inverso daquilo que realmente acontece, uma vez que as únicas agressões à
polícia foram em legítima defesa, postura à qual não se deve renunciar.

No próximo dia 7 de Dezembro vai ser o julgamento dos onze acusados nas
novas instalações judiciais localizadas no Parque das Nações/Oriente..

Apelamos à solidariedade em relação a esta situação em particular,
enquadrada num contexto de exploração e opressão quotidiana que não
deixaremos de combater.



Alguns envolvidos no processo




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1:40 da tarde  
Blogger Sheena said...

Manifesto a minha solidariedade para com estes amigos desconhecidos, e para com quem insite em não ter medo e em manifestar-se em prol de uma sociedade verdadeiramente democrática,em vez desta farsa em que vivemos, na qual direitos e liberdades básicos continuam a ser negados(como o direito de manifestação e a liberdade de expressão). Direitos pelos quais muitos milhares de pessoas se têm batido,com sacrifício das suas vidas pessoais, ao longo da história.Relembro o movimento operário inglês pela luta destes direitos e do sufrágio (masculino!) no século 19, cheio de episódios semelhantes, mas mais graves pela perda de vidas humanas resultante das cargas policiais indiscriminadas sobre homens, mulheres e crianças(ex. Massacre de Peterloo, Manchester 1819) e pelas penas pesadas, de morte, prisão e deportação. Para não falar em todos aqueles que durante décadas lutaram pela democracia em Portugal, que abdicaram das suas vidas, foram presos e torturados, e que hoje estão (mais) velhos e muito esquecidos... A marcha da democracia é longa e está longe do fim.

7:42 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Sobre este assunto, ninguem comenta...

-"somos punks, não somos punks, aquela banda é uma merda, eu é que sei o que é melhor punk e pior isto e aquilo...", enfim.... chama-se miséria humana....

Pobreza de espirito é o que me lembro agora de chamar!!!!

Assuntos muitos mais sérios e que nos afectam a todos duma maneira ou de outra, ninguém se lembra de abrir uma "guerra campal" por aqui no Blog, nem em outros blogs....

Será que a "blogonovela" lá de cima, nos vai abafar as ideias ao ponto de nos esquecer-mos que existe um mundo que é de todos, está mal, está pessimo quase em todos os sentidos : Opressão, descriminação, abuso de poder, falta de oportunidades, corrupção, e mais longe iria acabando as palavras em "ão" ou acabadas em "FOME".

A minha solidariedade para o grupinho dos 11, e para mais uns milhões por este mundo fora....(já que sozinho não posso fazer mais nada, a não ser nadar numa piscina sem água)

"Não há revolução, porque não há revolucionário"


Ass.: CTX-530

1:44 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Todos os anos participo na manif do 1º de Maio, todos os anos a bófia lá está, todos os anos se limita a ver passar a manif. Uma coisa é o direito à manif outra é dar pretextos aos fachos para que possam de alguma forma exercer a violência. Penso que foi um pouco isso que se passou, apesar de não pôr em causa a forma pacifica como a manif estava a decorrer, existe um lei que regula o direito à manifestação, e ao que parece não foi cumprida, o que eles aproveitaram como pretexto para malhar. Claro que a actuação policial foi desmedida, mas já sabemos como eles são, se até nos próprios colegas batem. Não podíamos portanto esperar finura nesta situação. Quando este movimento (ou outros do estilo) organizarem manifestações com pés e cabeça, ao abrigo da lei, em que poderemos gritar o que quisermos sem que alguém possa vir dizer que estamos ilegais, eu participarei. Sei que isso dá trabalho (a papelada dá sempre trabalho) e não é muito anarquista, mas é assim. A outra forma é juntarem-se todos de cara tapada, bastões, capacetes, cocktail molotov e etc e tal (como fazem lá fora) e combaterem a violência com violência, claro que não muda nada, mas dá muito mais pica. Já existiu em Portugal uma espécie de partido anarquista, a UAP (União Anarquista Portuguesa) de onde aliás surgiu mais tarde o PCP, por isso não me venham dizer que os anarquistas não podem ter partido ou ser organizados.
Apesar desta minha opinião, respeito as pessoas que foram à manif e estou com aqueles que foram presos nesse dia, principalmente porque há por aí muito boa gente de fatiota e bem montada, que rouba à descarada e atenta contra o "estado de direito" e não há meio de ir dentro. Mas continuo a dizer, organizem-se porra!

Ass: Contacto

2:39 da tarde  

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